segunda-feira, outubro 11, 2010

I´m Sorry


I´m sorry, branquiei as ideias e fali de comentários blogueanos no dia em que o António morreu. Feio, recorde-se só de nome, que de alma, luz e brilho era feito o homem, que nos dessassombrava os dias e as noites, de risos que nos voltavam dos avessos. Cheguei de banco nocturno e não quis querer, embora medicalmente pensando que do carcinoma do pâncreas poucos escapam, o meu ser não acreditava que o António não o reduzisse á sua insignificância dentro de um homem tão enorme. Mas enganei-me, e mais um dia que a Vida perdeu para a Morte, seja lá o que isso for.

Hoje 45 anos volvidos da minha existência, lembrei-me de blogar.

Perdi entretanto outros amigos. O Lobato. De enfarte agudo do miocárdio com 42 anos.

A puta da Vida tira-nos do sério quando nos leva pessoas de bem, como o Né, o meu pai, o António, o Lobato. E neste dias, como em outros, faz-nos pensar que vivemos de menos, pegajosos dias de consumismo, de tretas e trafulhices de uns quantos, que lixam a existência a tantos outros.

Já emigrava.

Olé.

1 comentários:

FRamalho disse...

A morte é a única certeza que temos na vida, apesar da incógnita de quando esse dia nos irá passar na frente dos olhos, dando como finalizado o nosso percurso na terra.
É o ultimo instante da nossa vida física, o desagregar de um corpo que nos acompanhou durante todo este percurso de consecutiva aprendizagem e crescimento, um crescimento não só natural, mas espiritual e psicológico, pois não crescemos só para nós e não é apenas por nós que nos modificamos e nos aperfeiçoamos.
No entanto é através do mesmo que criamos a nossa vida, moldando a nossa maneira de ser, pensar e agir. É este percurso que nos ensina a sobreviver nesse sucessivo canibalismo a que chamamos sociedade, onde pessoas de alimentam de outras para crescer, não olhando a meios para atingir os fins, vivendo apenas em prole do poder e ambição.
Egoísmo, creio poder chama-lo assim, todos o temos, contudo poucos são os que se recordam de que todos padecemos do mesmo fim. A morte!
Talvez um dia, quando todos pararem para reflectir e se aperceberem disso mesmo, a sociedade se torne mais próxima daquilo de que dá pelo nome. Saber viver e conviver, na base do respeito e consideração pelo próximo.

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