I´m sorry, branquiei as ideias e fali de comentários blogueanos no dia em que o António morreu. Feio, recorde-se só de nome, que de alma, luz e brilho era feito o homem, que nos dessassombrava os dias e as noites, de risos que nos voltavam dos avessos. Cheguei de banco nocturno e não quis querer, embora medicalmente pensando que do carcinoma do pâncreas poucos escapam, o meu ser não acreditava que o António não o reduzisse á sua insignificância dentro de um homem tão enorme. Mas enganei-me, e mais um dia que a Vida perdeu para a Morte, seja lá o que isso for.
Hoje 45 anos volvidos da minha existência, lembrei-me de blogar.
Perdi entretanto outros amigos. O Lobato. De enfarte agudo do miocárdio com 42 anos.
A puta da Vida tira-nos do sério quando nos leva pessoas de bem, como o Né, o meu pai, o António, o Lobato. E neste dias, como em outros, faz-nos pensar que vivemos de menos, pegajosos dias de consumismo, de tretas e trafulhices de uns quantos, que lixam a existência a tantos outros.
Já emigrava.
Olé.